oie..., chegamos💥
bora de "instagram face", ideia de j....o, tão de olho na sua zoeira e "lá vem o procon, cheio de t...o, te cata, te cata, te cata"... sem esquecer, claro, da lei genial da vez. então, bora lá...
a longuinha da semana
a cara do instagram
ao longo desses últimos anos, você já deve ter ouvido falar que os algoritmos das redes sociais, quaisquer que sejam elas, são criados para não apenas capturar sua atenção, mas principalmente para manter você e sua atenção por lá, presos à rede o máximo de tempo possível.
por isso, algoritmos como o do “for you” do tico teco são tão “exitosos” para a bytedance quanto perigosos para os usuários da rede.
não raramente, você se vê imerso naquilo por muito mais tempo do que imaginou (ou gostaria).
pesquisas demonstram que as pessoas passam cada vez mais tempo nas redes.
há um elemento geracional, afinal a geração Z já é nativa digital, razão pela qual as redes fazem parte de seu habitat natural.
mais do que apenas interagir com amigos, motivo pelo qual elas foram criadas, hoje as pessoas pesquisam, encontram, reservam, compram, flertam, fazem tudo por lá. isso atrai as marcas, em busca de negócios, o ciclo se fecha e as pessoas passam ainda mais tempo por lá.
estamos vivendo em uma sociedade movida por dados. e essa cultura data driven tem trazido uma série de problemas para a sociedade: profiling para manipulação, desinformação, síndrome do pensamento acelerado, burnout, discriminação algorítmica, dentre outros.
muito disso tem relação direta com a f.o.m.o, ou fear of missing out, já reconhecida como uma síndrome que atinge um grande número de pessoas, em especial os mais jovens. em breve resumo, pelo medo de estarem perdendo algo, ficando de fora, eles passam mais e mais tempo nas redes, muitas vezes vagando em busca de algo que eles sequer sabem o que é, o que gera muita ansiedade.
não se pode ignorar que a vida nas redes é, muitas vezes, projeção do que a pessoa gostaria fosse sua vida real. entram aí as tendências, os influencers e, muito ostensivamente, os filtros de redes.
pois são os filtros, aparentemente inofensivos, que têm causado o crescimento de patologias bastante graves, associadas ao TDC (transtorno dismórfico corporal). “snapchat dysmorphia” e “instagram face” são dois exemplos dessas patologias.
são, em verdade, o estabelecimento de um modelo estético marcado por ambiguidade étnica, pele impecável, olhos grandes, lábios carnudos, nariz pequeno e curvas, tudo facilmente acessível por meio de filtros.
uma apresentação de slides vazada da meta (empresa do tio zuck), datada de março de 2020, revela que: “Trinta e dois por cento das meninas adolescentes disseram que quando se sentiam mal com seus corpos, o Instagram as fazia se sentir pior”, bem como que “Nós pioramos os problemas de imagem corporal para uma em cada três meninas adolescentes” e “comparações no Instagram podem mudar a forma como as mulheres jovens se veem e se descrevem”.
um desses filtros, chamado de vedette++ foi banido pelo instagram em dezembro de 2019. vedette++ permitia às pessoas que simulassem suas versões pós cirurgia plástica. foi um primeiro sinal concreto da empresa de que irá combater os filtros, senão em sua totalidade, ao menos aqueles considerados “mais nocivos” à saúde mental.
se você acha isso bobagem, saiba que um grande número de pessoas está levando suas fotos com filtro a cirurgiões plásticos, isso para que saibam exatamente o que elas querem. é só ver abaixo alguns exemplos.
é fundamental que tais reflexos do uso indiscriminado das redes sociais, em especial pelos mais jovens, sejam monitorados com constância, não apenas pelas próprias empresas, mas por toda sociedade.
a meta já avisou, em uma espécie de mea culpa, que está monitorando e avaliando seus filtros, mas a julgar pelo histórico de disclosure do tio zuck, não dá lá para confiar.
é ficar de olho no que está por vir, incluindo-se os projetos que visam regular o uso dos dados e sua volumetria.
as curtinhas
onde isso é uma boa ideia?
quando eu digo, e já disse isso várias vezes, que a sociedade não está pronta para utilizar todo o potencial das inovações que ela própria vêm desenvolvendo, sou criticado.
mas veja essa ideia…
uma startup (bastante badalada em bay area, por sinal) vende um serviço a call centers pelo qual, independentemente de onde esteja o atendente, sua voz vai ser transformada na de um americano, branco.
o nome da startup é sanas, e há, inclusive, demonstração do serviço em seu site.
segundo os responsáveis pela plataforma, as pessoas atendidas tendem a ser mais simpáticas e atenciosas quando a pessoa que está do outro lado é mais parecida com eles. seu ceo afirma que: “Não queremos dizer que sotaques são um problema porque você tem um”.
ou seja, sua lógica é que, sem um sotaque, não haverá preconceito desencadeado, e isso facilitará o atendimento.
pois é exatamente o oposto, razão pela qual a ideia é infeliz. quanto mais vozes são forçadamente transformadas em de americanos brancos, mais os estereótipos e os preconceitos são reforçados. a solução apresentada pela empresa revela como sotaques desencadeiam racismo e etnocentrismo, e isso não deveria, jamais, ser reforçado, mas combatido.
e pensar que essa startup vem sendo vista por alguns como tendo um serviço “mágico”, já tendo recebido aportes milionários…
background check da zoeira…😜
se você é, ou já foi, da turma da bagunça, reze para que seus “feitos” não estejam amplamente registrados nas redes, ou, do contrário, é capaz que você tenha problemas em agendar uma hospedagem no futuro (para alguns, presente).
o airbnb passou a utilizar, ainda como teste, um algoritmo capaz de identificar e marcar um pedido de reserva como de “alto risco”, tudo a partir de uma análise de dados públicos e comportamentais (adivinha onde esse dados serão raspados?).
o risco se refere à propensão que o solicitante tem de realizar, digamos, festinhas no local, mas também mapear quais são os locais mais propensos à realização das festinhas.
o serviço está disponível para alguns imóveis de hosts dos estados unidos, canadá e austrália.
se chegar ao brasil (ou quando chegar ao brasil), evidentemente surgirão questões relacionadas à privacidade, discriminação, etc, mas, até lá, por precaução, bagunce com moderação.
“lá vem o procon, cheio de t…o", te cata, te cata, te cata” 🍎
antes de tratar da notícia em si, preste atenção no ranking abaixo. ele foi elaborado por uma consultoria que mediu o preço do iphone 13, em dólares, em diversos países.
🥇Brasil - R$ 8663 2. Noruega - R$ 6306 3. Turquia - R$ 6131 4. Índia - R$ 6020 5. Dinamarca - R$ 5968 6. Itália - R$ 5953 7. Suécia - R$ 5931 8. Portugal - R$ 5897 9. Irlanda - R$ 5897 10. Finlândia - R$ 5897.
somos os primeiros do ranking 🎉…mas isso deveria ser objeto de reflexão, jamais de orgulho.
afora o óbvio, sistema tributário esquizofrênico😭😤, quando falamos em custo brasil, muita gente tem dificuldade de entender seus outros elementos de composição. pois pegue esse exemplo abaixo.
o procon-rj multou a apple em 12 milhões de reais, tudo por aquela velha questão da venda do iphone sem o carregador.
primeiro, um esclarecimento necessário: o aparelho é entregue com cabo usb, apto a carregar o dispositivo. o que foi retirado, portanto, foi o conector de energia elétrica.
ele foi retirado apenas no brasil? não, ele foi retirado no mundo todo🗺️.
com a escassez de componentes eletrônicos, a retirada foi uma forma de não aumentar, ainda mais, o preço do produto em seus mercados.
fixadas as premissas supra, vamos à multa aplicada pelo procon. o argumento é “divino”: venda casada! hahaha, desculpa aí procon-rj, mas vocês devem estar de sacanagem.
o conector não é vendido apenas pela apple. tem conector espalhado em tudo quanto é lugar, até no 🚦. ademais, como dito, o aparelho pode ser carregado sem o conector, apenas conectado a um dispositivo com entrada usb. ou seja, não depende do conector para funcionar.
pronto. agora vamos somar 1 ➕ 1 e ver quanto dá.
com um discurso pobrinho de defesa ao consumidor, o procon-rj multou a empresa. se a empresa pagar a multa, terá sua operação aqui encarecida. se a empresa se der por vencida e decidir trazer o conector de energia pra cá, sua operação ficará ainda mais cara. se a empresa se encher, pode picar a mula daqui, como já fizeram tantas outras.
já temos o iphone mais caro do mundo. mas o procon-rj quer que ele fique ainda mais caro, já que parece difícil fazer a soma proposta 🤡
nós pagamos (caríssimo $$$) por essa lei
os benfeitores
já que falei de algumas trapalhadas acima, hora de ir direto ao ponto, pelo qual, aliás, você pagou muito caro (sempre gosto de reforçar isso).
você é um benfeitor, apesar de talvez não saber disso, afinal você ajudou a restaurar a basílica da natividade, na palestina, mediante a doação de 792 mil bolsonaros (lei 13669/2018).
é isso aí, miguxo. você ajudou a restaurar um local extremamente importante para a humanidade (estou tentando dar um verniz legal nisso aí, apesar de muita gente sequer ter ouvido falar na tal basílica).
problema algum nisso, certo? afinal, por aqui não temos nenhuma prioridade onde esse dinheiro poderia ser melhor aplicado. hospitais, creches, escolas, tá tudo tinindo. vai vendo…