“se chorei ou se sorri…” é objeto de polêmica (e não é de hoje) - longuinha
o rei roberto carlos é um visionário, afinal ele sabe o quão importante são as emoções vividas.
se você pensa que as emoções são importantes apenas para o rei, ledo engano. cada vez mais, a detecção de emoções vem sendo utilizada por diversos setores da economia, também com diversas finalidades.
de antemão, é importante diferenciar a captação de imagens para detecção de emoções daquela que é realizada para identificação biométrica. esta serve para identificar pessoas, aquela para tentar inferir informações das pessoas que tem sua imagem registrada.
é da utilização para detecção de emoções que vamos falar por aqui…
o uso dos softwares de detecção e análise de emoções tem crescido bastante, e a lógica dos desenvolvedores é a de que seria possível inferir informações sobre estados mentais usando dados dos mais variados, do brilho da pele à microexpressões faciais.
para melhor compreensão, vamos falar de dois casos “famosos”: linha amarela do metrô de são paulo e loja hering experience.
no caso do metrô, a empresa responsável pela linha instalou câmeras nas portas de acesso aos trens, com telas e uma pequena câmera.
essa câmera tinha por objetivo identificar as pessoas que transitavam pelo local e assistiam aos anúncios veiculados nas portas de “tela”. identificavam número de pessoas, mas também se era homem, mulher, adulto, criança, etc, tudo para aprimorar o anúncio publicitário em cada horário do dia, cada dia da semana, assim por diante.
a lógica da hering era a mesma, mas nesse caso para ela própria. o software tinha por objetivo reconhecer as emoções dos consumidores que tinham contato com as peças. assim, reconheciam expressões positivas, negativas, conseguindo aprimorar produção, estoque, etc.
ambas as experiências foram objeto de ação judicial, lastreadas em um mesmo argumento central: ausência de anuência dos titulares das imagens, opção de participar ou não, informações claras acerca de uso, compartilhamento, retenção, etc.
mas, enfim, só falei desses casos para mostrar que a coisa não é de hoje.
ainda assim, a tecnologia vem ganhando bastante espaço. empresas vêm utilizando a aplicação em processos de seleção, para tentar capturar inverdades, nervosismo excessivo, etc, verificação de tentativas de fraudes em provas em ensino remoto, e por aí vai.
agora, os defensores da tecnologia sofreram um revés daqueles.
o comissão de informação do reino unido (ICO), um dos mais respeitados em termos de proteção aos direitos da privacidade e dados pessoais, emitiu relatório alertando para que as empresas não tomem decisões significativas baseadas nas tecnologias de análise emocional. segundo o relatório, a tecnologia parece não estar devidamente apoiada em “bases científicas”, sendo ineficaz para a grande maioria dos usos pretendidos. e, de quebra, deixou um recado:
“Mas se você está usando isso para tomar decisões importantes sobre as pessoas – para decidir se elas têm direito a uma oportunidade, ou algum tipo de benefício, ou para selecionar quem recebe um nível de dano ou investigação, qualquer um desses tipos de mecanismos … Estaremos prestando muita atenção às organizações que fazem isso. O que estamos chamando aqui é muito mais fundamental do que uma questão de proteção de dados. O fato de que eles também podem violar os direitos das pessoas e nossas leis é certamente o motivo pelo qual estamos prestando atenção a eles, mas eles simplesmente não funcionam.”
portanto, fica ligeiro no espelhinho mágico…
kanye west e a responsabilidade dos influencers
quem me acompanha sabe que sempre reforço a importância de se bem contratar. contratos claros, objetivos, pensados para seus usuários, tudo para se melhorar a eficiência negocial e se reduzir o risco de insegurança jurídica.
isso é ainda mais importante quando falamos dos influencers, não apenas por se tratar de uma categoria relativamente nova, a do marketing de influência, mas também porque não existem ainda regras claras e definidas, sendo esse mercado marcado por enorme “informalidade” das contratações, muitas das quais resumidas em mensagens de zap zap trocadas entre joão e maria.
perguntas que sempre devem ser feitas (dentre tantas outras): uma pessoa que se presta a influenciar o comportamento de outras, divulgando marca, produto, etc, de terceiro, é livre para dizer o que bem quiser em suas redes❓ e o oposto❓ a empresa que anuncia pode se envolver em escândalos variados, sem que o influencer, que vive de imagem, possa fazer algo❓
o caso do rapper kanye west mostra o quanto esse tipo de disposição é importante. kanye, que se acha uma espécie de deus , e vive enfiado em causas, digamos, polêmicas (apoiou trump, levantou bandeiras supremacistas, dentre outras cositas mais), passou mais uma vez dos limites, tendo realizado postagens antissemitas em sua conta no twitter.
começou com uma crítica a outro rapper, tendo escalado para uma postagem na rede do passarinho na qual ele disse que iria adotar uma espécie de estado de combate em relação aos judeus. não satisfeito, ainda defendeu sua postagem durante entrevista a um podcast.
após enorme pressão social, marcas tiveram de se posicionar, e o que se viu foi um enorme efeito cascata: kanye teve contratos rompidos com balenciaga, gap e adidas, para ficar apenas nos mais conhecidos.
além disso, a apple removeu sua playlist do seu serviço de música…
estima-se que o rapper tenha perdido algo em torno de 2 bilhões de bidens 💵com os rompimentos 😯.
há quem o defenda, alegando que o rapper já foi diagnosticado com bipolaridade…
importante é sempre repetir: internet não é terra de ninguém! vai reverberar, e se ultrapassar a lei ou aquilo que a sociedade tem como limite, a conta vai chegar.
a culpa é do estagiário❓
olha, já falei disso aqui no meu perfil no instagram, mas não posso perder a oportunidade de reforçar o 🐒.
uma postagem da comissão de proteção de dados e privacidade da oabsp lançou uma campanha segundo a qual a função de dpo deve ser exercida por advogado, que seria a pessoa mais qualificada para tanto.
mãezita do céu…para além do histórico (requisito de nomeação no projeto, veto, justificativa de reserva de mercado, etc), quem já trabalhou com implementação, consultoria, governança, sabe que: (1️⃣) conhecimento jurídico não é requisito formal previsto em lei para a função; (2️⃣) conhecimento jurídico não é a mesma coisa que formação em direito; (3️⃣) ainda que fosse, não se pode pensar em reserva de mercado apenas para advogados; (4️⃣) em muitos casos, a função pode ser melhor desempenhada por pessoa de outra área; (5️⃣) mesmo quando nomeado advogado, raramente um dpo consegue trabalhar sozinho para atender todas as determinações legais.
enfim…
horas após a postagem, a publicação sumiu 👻.
ou foi uma antecipação do grande bug do instagram ou, é claro, culpa do estagiário🤡.
nós pagamos (caríssimo $$$) por essa lei
fiscalização do zoiudo 🍳
tem coisas que só provando, documentalmente, as pessoas vão acreditar que são verdadeiras.
é o caso da portaria cvs 5/2013, da secretaria da saúde do estado de sampa. dentre diversas outras coisas, justificáveis, a norma proíbe que ovos sejam servidos crus ou mal cozidos.
acha que acabou por aí❓nananinanão…
a norma dispõe que ovos devem ser cozidos por 7 minutos e ovos fritos devem ter a gema dura (WTF❓).
ou seja, a norma proíbe o famoso hábito de chuchar o pãozinho no zoiudo…
eu só queria saber quem fiscaliza uma norma dessas, barrando a geminha mole pela cidade.
tá duvidando, não é❓eu estaria. portanto, se quiser verificar, só clicar aqui .